Personalizar o atendimento, expandir as possibilidades de relacionamento com o cliente e, enfim, transformar a experiência do consumidor: esses desafios estão movendo as empresas do Varejo, nos últimos anos, levando à preocupação recorrente com a capacidade de inovar e competir. Além dos já conhecidos conceitos de omnichannel e beacon, outras tendências ganham espaço no segmento, a fim de otimizar a cadeia de suprimentos e refinar a estratégia de negócios. Entre elas, estão a Inteligência Artificial (IA) e machine learning, como aponta a lista de tendências tecnológicas para processos estratégicos, em 2018, do Gartner.
A realidade é que atividades como prever o número de vendas e a diversidade de mercadorias, assim como planejar alocação e distribuição de produtos nas lojas, ainda dependem de pessoas e planilhas. Por serem processos que demandam esforço e são altamente passíveis de erro, acabam por contribuir com problemas que impactam a gestão de estoque e vendas, com excesso de remarcações de preços, por exemplo, entre tantos outros aspectos. É justamente por facilitar essa operação e torná-la mais assertiva que os avanços de IA e machine learning estão ganhando a atenção do Varejo.
O campo de possibilidades é extenso. Com a integração de conhecimentos de engenharia matemática com big data, por exemplo, torna-se mais fácil fazer a gestão do negócio de acordo com a ciência dos dados, que pode fornecer informações críticas para o sucesso das empresas. Antecipar deficiências na distribuição de mercadorias e de futuras demandas permite maior robustez e precisão nas previsões de cálculo de vendas e estoque – considerando aspectos como embalagem, transporte, merchandising e outros.
O mercado brasileiro já conta com soluções que se integram às mais diferentes arquiteturas de sistemas. Na Lozinsky Consultoria, acreditamos que a necessidade de integrar ou extrair informações da base de dados é um desafio importante, assim como mudar os hábitos e a cultura dos usuários. O grande desafio é conseguir minimizar os riscos, para aumentar a confiança nesses sistemas, e, por fim, implementar soluções realmente inteligentes para a transformação das organizações varejistas.
*Texto originalmente divulgado na revista América Economia