A TI de sua empresa é tímida? Pode não ser timidez!

A TI precisa ser muito mais do que mandam; precisa ser propositiva. Você já pensou em qual perfil a sua empresa se encaixa?

Por que a TI de sua empresa não é mais proativa ou protagonista das mudanças de negócio necessárias para acompanhar a transformação digital? Se você ainda não se fez essa pergunta, eu lhe faço essa sugestão. Mas vamos combinar uma coisa desde já – descartemos as hipóteses mais fáceis.

Uma delas é que a TI acredita que o negócio não está preparado para atravessar períodos transformadores e não sabe dizer a sua real necessidade. Uma outra alternativa é atribuir a timidez da TI ao fato de que a empresa não dá espaço para ações mais estratégicas e sempre cobra a execução dos projetos atuais. A verdade é que as organizações cobram o que dói a elas. “A TI tem muita coisa para fazer”, “as pessoas ganham mal”, “a área de TI não tem dinheiro” – são algumas das justificativas. Quando a TI se dá conta, passaram-se cinco anos e a dor só aumentou.

Deixemos essas hipóteses de lado para entender uma condição irreversível dos nossos tempos: a TI precisa ser muito mais do que mandam. Precisa ser propositiva.

Eu não acredito em timidez, mas, sim, na dificuldade de sair dos modelos viciados. O que seria isso? Só fazer o que se pede, o que não é a solução mais adequada, ou reclamar que a área não tem orçamento, que não é argumento suficiente para manter as coisas como estão. A TI precisa pensar o futuro.

No caso das empresas que ainda preservam essa atuação antiquada da TI, independentemente do motivo pelo qual isso ocorra, o papel de tentar mover a área para outro patamar é do gerente de TI. Ele até pode ser chamado genericamente de CIO, termo que se popularizou como referência a qualquer líder da TI, mas esse profissional ainda está, na realidade, no estágio de se provar como um agente estratégico.

Esse é o profissional que precisa construir as condições para a TI discutir o negócio, buscar soluções para problemas complexos e, com isso, mostrar que a TI dispõe da capacitação necessária para enfrentar os desafios e fazer o negócio girar. E o foco no core business é primordial nesse sentido. Esse trabalho de educação da empresa para compreender a TI como uma área estratégica fará com que os investimentos comecem a aparecer.

Em meio aos problemas de operação e demandas urgentes, é necessário viabilizar um modelo que capacite ao menos parte do time nos conhecimentos dos processos, na visão de negócio e no acompanhamento das evoluções da tecnologia, além de propiciar pequenas mudanças que impactarão o negócio e, consequentemente, serão agentes transformadores.

A solução não é rápida ou fácil, mas é possível e fundamental. Demandará encontrar os talentos que precisarão ser lapidados, analisar como esses profissionais trabalham em equipe e, principalmente, como a gestão deve manter acesa a chama para a mudança.

Esse processo é oportuno e oferece condições para que pessoas que estavam escondidas na operação demonstrem o seu valor, descubram que têm voz ativa e percebam que podem se manifestar e propor mudanças significativas. E esse movimento deve ser valorizado de maneira estruturada. Com uma observação atenta, é possível descobrir um analista de suporte, por exemplo, que tenha uma vivência que merece ser considerada. Esse fluxo de proatividade permite oferecer um crescimento profissional para quem já está dentro da empresa, sem a necessidade de trazer alguém de fora, agregando à TI um perfil mais questionador, com visão sistêmica e construtiva. Ele acaba sendo um facilitador e intermediário, atuando com um viés neutro, que dialoga em prol de objetivos comuns de negócio.

E então, preparado para perder a timidez?

artigo assinado por

Ricardo Stucchi

Sócio-consultor
Mais de 20 anos de atuação na área de TI. Trabalha intensamente para dar respostas a problemas complexos dos clientes.
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