Em março, a IT Mídia divulgou os vencedores da 17ª edição do prêmio Executivo de TI do Ano. Não é a primeira vez que o estudo destaca, na atuação desses líderes, os esforços em transformação e o investimento em tendências tecnológicas. Mas é interessante notar, especialmente neste ano, a semelhança entre os discursos dos premiados em pelo menos um aspecto: a TI e os CIOs se posicionam, definitivamente, como conhecedores do negócio em que atuam.
A tecnologia da informação deixa de ser uma área meramente operacional e consolida-se como um pilar estratégico. Parte das mil maiores empresas do Brasil – analisadas pela premiação – atrelam o desenvolvimento do negócio e aumento de competitividade à tecnologia.
Historicamente, a TI sempre foi uma área cobrada no sentido de ser mais proativa e contribuir para alavancar negócios. É possível notar que, no decorrer dos últimos anos, muitos líderes abraçaram essa ideia, fortalecendo suas equipes a partir da capacitação sobre processos de negócio, da integração de seus times com outras equipes estratégicas durante a execução de projetos e da participação ativa da TI nas discussões de negócio. Essa revolução não acontece sem um forte patrocínio do CIO, que pode recorrer, em determinados momentos, a especialistas internos ou externos para o estabelecimento de uma estratégia de transição.
Se, por um lado, os executivos indicados ao prêmio – e, em especial, os que foram premiados – ressaltam a importância de conhecer profundamente o negócio, por outro lado, também reconhecem que as empresas estão aceitando e apoiando uma TI proativa. No entanto, essa aceitação ainda não é trivial e demanda aprendizado de toda a organização para que a verdadeira transformação aconteça.
Mais importante do que saber quem venceu, iniciativas como a premiação Executivos de TI do Ano são espaços fundamentais para reconhecer as ações que estão funcionando, além de marcar um momento interessante, em que CIOs e suas equipes falam sobre projetos de negócios e não de TI. Mas o trabalho não para. O desafio, para diversos âmbitos de mercado, continua: o negócio tem que abraçar essa TI proativa e acelerar o desenvolvimento de projetos transformadores.